sexta-feira, 30 de maio de 2008

Violência doméstica força mulheres a passar Dia das Mães longe de casa



Agência Brasil
BRASÍLIA - Ana Paula, de 22 anos, e a filha de 2 anos e três meses, vão comemorar o em uma Casa Abrigo mantida em Brasília pelo Conselho dos Direitos da do Distrito Federal. Junto com outras 16 mães e 20 crianças que vivem atualmente no local, elas tiveram de sair de casa por causa da violência a que eram submetidas e das ameaças que sofriam.
Para ela, hoje será o primeiro digno que terá.
- Este domingo para mim é de renovação, porque no eu não era nem lembrada. É a primeira vez que eu terei mesmo um - disse.
O sofrimento de Ana Paula durou pouco mais de três anos, mas segundo ela, pareceu uma eternidade. Ela conta que o companheiro, de 56 anos, negociante autônomo de veículos, costumava bater nela por motivos fúteis, não permitia que trabalhasse ou estudasse e a forçava permanentemente a práticas sexuais violentas.
- Eu vivia uma vida de cão. Era só abaixo de humilhação. Qualquer coisa era motivo para ele me bater. Me violentava sexualmente, psicologicamente e de todas as maneiras.
Quando fala da gravidez, Ana Paula se emociona ao lembrar que muitas vezes foi chutada, empurrada e obrigada a dormir no chão frio, depois de reagir às tentativas de estupro. Em uma das discussões o companheiro tentou estrangulá-la e Ana Paula diz que só foi salva porque o enteado intercedeu em seu favor.
As ameaças de morte e de ficar sem a filha a desencorajavam de tentar por um fim ao relacionamento.
- Ele tinha um revólver embaixo da cama e dizia: ‘quando te achar eu te passo fogo, a minha filha você não leva’. Eu tinha medo de denunciar, ele ser preso e, depois que saísse fosse atrás de mim - disse.
Segundo Ana Paula, as informações de uma vizinha sobre a legislação de proteção à e a preocupação com o futuro da filha a levaram a procurar uma delegacia, que a encaminhou ao abrigo.
“Eu já não agüentava mais aquela vida de ver ele bater nela e em mim também. Além disso, ele dizia que ia cuidar das partes íntimas da bebê para que ficassem do gosto dos homens”.
Só no ano passado, 209 mulheres, 384 crianças e 41 adolescentes passaram pelo abrigo em que Ana Paula vive há seis meses. O local é um das 64 Casas Abrigo existentes no país para garantir a segurança de mulheres que denunciam a violência doméstica.
Enquanto permanecem nos abrigos, onde seus filhos também podem ficar, elas recebem atendimento médico e psicológico, recebem capacitação e aguardam que a Justiça providencie as chamadas medidas de proteção, como a determinação para que o agressor saia de casa ou fique proibido de aproximar-se da vítima, sob pena de ser preso. As mulheres que trabalham têm a garantia de não serem demitidas durante o período que ficarem abrigadas.
Segundo a coordenadora da Casa Abrigo do DF, Vera, em cerca de 90% das histórias das mulheres atendidas há o envolvimento do agressor com drogas ou alcoolismo, geralmente maridos, pais e companheiros.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A violência doméstica mata mais mulheres do que o cancro

Em Portugal, registam-se 5 mortes por mês, colocando Portugal acima da média mundial
As vítimas de violência doméstica são homens, pessoas idosas, crianças e jovens; são pais, avós, filhos e cônjuges ou companheiros ou namorados, mas são sobretudo mulheres...

A violência doméstica continua marcada por ser uma violência contra o género feminino.

O indicador de Violência Doméstica das Estatísticas da APAV 2006 revela que chegam à APAV (na sua rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima e número nacional 707 2000 77) 16 mulheres vítimas de violência por dia, 112 por semana.

Primeiro semestre de 2006: 9.679 casos de violência doméstica
segundo dados da GNR E PSP disvulgados em Novembro

Nos primeiros seis meses de 2006, a GNR e PSP registaram uma média de 50 casos de violência doméstica por dia. Ao todo registaram-se 9.679 casos de violência doméstica, ou sejamais 1.674 casos em relação ao mesmo período de 2005.

A PSP registou mais 1.500 casos de violência doméstica do que no ano passado, num total de 5.501 casos, enquanto a GNR registou mais 174 num total de 4.158 casos. A maioria dos casos de violência doméstica são entre cônjuges (3.941) e também contra crianças (4.158).

Segundo as fontes policiais houve também um aumento do número de participações. Tal poderá ser explicado devido à maior visibilidade do problema, à crescente percepção social e consciencialização dos direitos por parte das vítimas.

o que é a APAV


As pessoas que são vítimas de crime, muitas vezes não sabem,ou têm dúvidas sobre o que fazer.
Necessitam de alguém, que de uma forma amiga e solidária,as possa escutar, compreender e ajudar. Saiba como fazê-lo.


A APAV existe para isso: para ouvir, aconselhar e apoiar. Escutamos de forma atenta e interessada. Informamos e aconselhamos sobre os seus direitos e como exercê-los.
Esclarecemos e acompanhamos no relacionamento com as autoridades policiais e judiciárias, orientando e ajudando nas diligências a tomar.
Ajudamos a Vítima e seus familiares a superar o sofrimento da vitimação.
Apoiamos e encaminhamos para aos apoios sociais existentes.Prestamos apoio emocional, jurídico, psicológico e social a quem é vítima de crime e a seus familiares, desenvolvendo um processo de apoio qualificado. Os serviços de apoio prestados a cada vítima são gratuitos e confidenciais.


Na APAV as vítimas de crime têm encontrado resposta às suas necessidades específicas. Em virtude da nossa intervenção e apoio, temos sido procurados por um número crescente de cidadãos, na nossa rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima. Desde 1990, a APAV tem apoiado um número cada vez maior de vítimas de crime, cerca de 55 000 processos de apoio que se traduzem num universo estimado de 110 000 pessoas - vítimas de crime e seus familiares, nomeadamente as mais desfavorecidas social e economicamente.



A APAV é hoje, reconhecidamente, uma instituição de solidariedade social de âmbito nacional cuja missão de protecção e apoio às vítimas de crime é indispensável na sociedade portuguesa. Provam-no o número crescente de processos de apoio a cidadãos na actual rede de Gabinetes de Apoio à Vítima com 15 Gabinetes de Apoio à Vítima em 15 cidades de norte a sul do país (Albufeira, Braga, Cascais, Coimbra, Faro, Lisboa, Loulé, Odivelas, Ponta Delgada, Porto, Portimão, Santarém, Setúbal, Tavira e Vila Real), além dos vários projectos em curso. A nossa acção solidária muito deve à dedicação e à solidariedade dos nossos cerca de 250 voluntários que constituem uma rede de Voluntariado social de âmbito nacional. Os Voluntários na APAV são o exemplo da dedicação e exercício generoso de uma cidadania activa e solidária em prol de quem sofre.


A APAV apoia as vítimas de todos os tipos de crime, embora predominem estatisticamente as vítimas de crimes contra as pessoas com existência de violência (maus tratos; ameaças; crimes sexuais, violência doméstica; e muitos outros). Estão a ser apoiadas cada vez mais vítimas (e seus familiares) de crimes de furto (por esticão, de e em veículo motorizado, por carteirista, em casa por arrombamento), de roubo, de dano, de burla, de abuso de confiança, de falsificação de documentos, e outros crimes contra a propriedade; assim como de crimes de homicídio (voluntário consumado, por negligência em acidente de viação), de abuso de autoridade e discriminação racial ou étnica.


Das que mais procuram apoio, realça-se as vítimas (e familiares) dos crimes contra as pessoas, como sejam, o crime de homicídio, de ofensas corporais, de violação e outros crimes sexuais, de difamação de injúrias, de discriminação racial ou étnica e, nomeadamente, as vítimas de violência doméstica (sobretudo maus tratos psíquicos e físicos).
Cada vez mais vítimas de crimes de furto, de roubo, de dano, de burla, de abuso de confiança, de falsificação de documentos - crimes contra o património; e de crimes de abuso de autoridade e de outros, tem sido apoiadas pela APAV.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

PSP recomenda

















Se é vítima de Violência doméstica dirija-se a qualquer esquadra da PSP, Posto da GNR, piquete da polícia judíciaria ou tribunal, porque vale a pena denunciar.
É fundamental que as vítimas de crime exerçam o seu direito de apresentação de denúncia crime, para dar início à resolução do problema de violência doméstica.
Se é vítima de violência doméstica procure sempre um hospital, centro de saúde ou médico particular, mesmo que nao apresente sinais externos de agressão. Se possível solicite a um familiar ou a uma pessoa amiga que (o) a acompanhante.
Se for vítima violação não deve lavar-se até ser observada por um (a) médico (a). Guarde, sem lavar, a roupa que vestia no momento.
Nas áreas de lisboa, Porto e Coimbra as vítimas devem dirigir-se para exame médico-legal ao respectivo instituto de medicina legal. Fora destas áreas há gabinetes médico-legais a funcionar continuamente em hospitais.

NÃO CONSINTA-DENUNCIE!


Procure apoio junto da família, dos amigos, do médico de família.
Existem profissionais especializados para ajudar a resolver o seu problema

Dê o primeiro passo
Contacte as autoridades policiais

Solicite informação e apoio jurídico.

Acredite em si- é possível recomeçar uma vida sem violência.

Dê a si e aos seus filhos uma oportunidade de serem felizes.


sexta-feira, 7 de março de 2008





http://www.youtube.com/watch?v=wpgV53UpJSY
-acham que o que aconteceu a esta mulher é correcto??conhece alguem com um ou mais casos semelhantes a este??pode divulgar-nos algum caso que tenha conhecimento??será que estes casos só acontecem às mulheres novas e bonitas??se tem conhecimento de casos semelhantes a estes diga-nos o que sentiu a ouvir, a ver ou até mesmo a sofrer.
http://www.youtube.com/watch?v=4tUUNLhf16o
-para quê ficar em silêncio?porque não contacta as autoridades?tem medo que o seu companheiro lhe bata?nao tenho medo.O que será que o seu companheiro lhe poderá fazer quando estiver preso??

as causas da violencia domestica



A violência doméstica conjugal é causada especificamente pela escolha de um parceiro agir de forma agressiva com relação ao outro. Uma série de fatores pode levar a essa decisão, mas apenas no caso de compulsão incontrolável é que esses fatores podem eliminar a possibilidade de mudança de comportamento do agressor.
Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção. Uma pessoa pode se considerar como subjulgada no relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso.
Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool, pois a bebida torna a pessoa, em alguns casos, mais agressiva. Nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto não-embriagado, o que dificulta a decisão da parceiro em denunciá-lo.

violencia domestica continua em portugal




Cerca de 60 mulheres morrem por ano em Portugal, em consequência de maus tratos e violência doméstica e mais de 300 são víti­mas de crimes contra a vida, reve­lou a Associação Portugue­sa de Apoio à Vítima (APAV).
De acordo com os dados da APAV, em 2002 foram registados mais de 17.000 crimes de violên­cia doméstica, 60 por cento dos quais relativos a maus tratos físi­cos, perpetrados, na sua grande maioria, pelo cônjuge ou compa­nheiro. Segundo a associação, o perfil da vítima corresponde a uma mulher que vive na região de Lisboa (31,7 por cento), com idade compreendida entre os 26 e os 45 anos (39,7 por cento) e com baixo nível de escolaridade (23,6 por cento não ultrapassou a escolarida­de obrigatória).
Apesar da transformação dos maus tratos em crime público ter facilitado o combate à violência doméstica, a APAV considera que a vítima ainda não é suficiente­mente protegida em Portugal..

Só nos últimos 3 meses morreram 17 mulheres vítimas de violência doméstica.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008


Porque é que os homens batem nas mulheres??
Nós achamos que os homens só batem nas feias. Será verdade???

Nunca assistimos a uma cena de violência doméstica, mas sabemos que muitas pessoas no mundo já assistiram e nós queríamos saber como é que elas se sentiram a observar uma cena dessas.